sexta-feira, 15 de abril de 2016



A triste realidade gay no Brasil e no Mundo.


    Os últimos debates políticos têm mostrado que, infelizmente, ainda existe muito preconceito contra homossexuais e a comunidade LGBT no nosso país.    

    A decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer uniões estáveis de casais homossexuais foi um avanço, porém as constantes notícias de gays e travestis sendo assassinados em todo o país é lastimável. 

    Uma pesquisa de 2013 mostrou que um homossexual é morto a cada 28 horas no Brasil,  certamente configurando triste recorde negativo. Nosso país é campeão mundial em assassinato de gays. Sociólogos tentam entender o porquê dessa violência insana.

    Na época do Brasil colônia, a sodomia era delito grave. A relação entre pessoas do mesmo sexo era considerada criminosa a até mesmo os familiares do homossexual eram punidos, perdendo todos os seus bens para o governo. Quando a homossexualidade deixou de ser crime, o preconceito continuou, só mudou de forma. Ficou um pouco mais velado.

    Esta claro que a homofobia já existia nos primórdios da civilização, onde era incutido desde cedo, na mente de homens e mulheres, que relações homossexuais seriam "pecaminosas". "É errado", diz o pai, completando: "prefiro um filho (ou filha) ladrão do que gay". Este tipo de pensamento, que ganhou força na idade Média - principalmente pelas mãos da Igreja Católica, que tinha muito poder à época - , continua a vigorar na cabeça de muitas pessoas, mesmo aquelas que se consideram "sem preconceitos" (mas apenas da boca para fora). 

    Homofobia é um termo inventado pelo psicólogo americano George Weinberg, para mostrar o medo (irracional) das pessoas em relação à comunidade LGBT. O Parlamento Europeu definiu a homofobia como totalmente fora da realidade, “um sentimento irracional de medo e de aversão em relação à homossexualidade e às pessoas lésbicas, bissexuais e transgêneros”, diz uma resolução emitida em 2006 pela comunidade europeia, explicando o termo. 

    Esta claro que o homossexualismo é natural, ao contrário do que dizem senadores, deputados, candidatos ou pastores, no Brasil e no mundo. Acontece até entre animais. Em 1999, uma pesquisa feita por Bruce Baguemihl, biólogo canadense, mostrou que foram observados comportamentos homossexuais em mais de 1.500 espécies diferentes, desde primatas até vermes intestinais (!). No mundo, assim como no Brasil, estima-se que de 10% a 16% da população seja homossexual ou bissexual, e esse número pode ser muito maior, pois existe um percentual não calculado de "enrustidos". Impossível que boa parte da população esteja "doente" ou não seja "natural". Deputados, senadores, pensem bem, são em torno de 20 milhões ou mais o número de gays eleitores, no nosso país... 

    "Dois iguais não fazem filhos". Verdade. Mas podem adotar o número imenso de crianças que esperam adoção neste e em outros países. "Vai reduzir a população mundial". Números de diversas fontes confiáveis mostram que a população no Brasil e no mundo só aumenta, e o planeta nem vai aguentar muito tempo essa imensa densidade populacional que cresce exponencialmente. Ou seja, um argumento totalmente inócuo.

    Afinal, o que importa se uma pessoa é gay, verde, feia, magra, obesa? Pessoas são pessoas. O sangue é o mesmo. Se não gosta de homossexuais, não quer dizer que precisa maltratá-los. Isso não vai reforçar seu lado hétero, e sim mostrar que talvez tenha um lado gay que quer ocultar. O verdadeiro ser humano é aquele que respeita a diferença e não se preocupa com a sexualidade do outro. A comunidade LGBT agradece.