A Churrascaria
Parte I:
Telma e Adilson estavam se beijando pela quinta vez no banco de
trás, e pela quinta vez o pai de Telma pigarreou forte, olhando nervoso pelo
retrovisor do carro. Elza era a mãe de Telma, sentada do lado do passageiro, e
sorriu ao observar o marido apertar forte o volante do carro.
-
Calma, benhê, eles não estão fazendo nada demais.
Jorge
ficou quieto. Telma e Adilson tentaram se conter e cada um olhou para o seu
lado na janela do sedã, enquanto passavam pela rodovia movimentada em direção à
capital. Os caminhões eram ultrapassados e na pista contrária os veículos
passavam zunindo causando um efeito letárgico em Adilson, que segurava forte a
mão de sua namorada, sentado do lado esquerdo do automóvel.
Assim
que o pai de Telma tornou a se distrair com a rodovia, Adilson puxou Telma para
si e voltaram a se beijar lânguidamente, trocando saliva, Adilson explorando a
boca doce de sua namorada enquanto sua mão sorrateiramente deslizava sobre as
coxas da garota de apenas dezoito anos.
Mais uma ultrapassagem e
Jorge olhou pelo retrovisor e novamente viu o casal trocando amor. Ficou
irritado. Olhou o relógio do carro no painel: onze horas.
Viu o anúncio de uma
famosa churrascaria cerca de dez quilômetros adiante.
- Elza, vamos parar na
El Corazon, já estou com fome.
- Benhê, falta uma hora
pro meio-dia. Porque parar tão cedo?
- Não tem mais nenhum
restaurante bom na estrada até a capital. E estou cansado de dirigir. Vamos
parar, já decidi.
Jorge deu seta e entrou
na via de acesso ao posto e a churrascaria de estrada, bastante conhecida,
cheia de caminhões, ônibus e carros estacionados. Achou um canto para
estacionar o sedã e logo estavam descendo, Jorge grato por esticar as pernas e
tentar separar um pouco aquele casal, raivoso por achar que sua filha estava no
cio.
Adilson não desgrudou da
namorada. Ambos não tiravam os olhos um do outro, abraçados, enquanto entravam
na lotada, mesmo às onze horas da manhã, churrascaria rodízio.
Sentaram-se em uma mesa
perto do bufê de saladas. Jorge limpou seus talheres com o guardanapo de pano.
Observou sua filha, através dos grossos óculos de aro de tartaruga: uma linda
jovem de seios como pêras e curvas audasiosas e sentiu raiva por ela já ser uma
mulher. Ele a preferia como uma menina ingênua que fora há alguns anos, e não
como aquela garota maliciosa que não soltava do namorado estúpido que arrumara.
“Eu vou fazer Comunicação.
Vou ser jornalista”
“Jornalista o cacete” –
Jorge olhava com ódio o rapaz de risada fácil. “Nem escrever direito você sabe,
e quer ficar com a minha filha?”
O garçom aproximou-se:
- Desculpe, senhor –
disse à Jorge – o rodízio vai atrasar um pouco, coisa de uns vinte minutos, não
esperávamos estar lotados logo cedo. Posso trazer as bebidas? Aconselho um
passeio pelo nosso jardim nos fundos enquanto esperam. Uma cervejinha, senhor?
Jorge ficou ainda mais
irritado, mas Elza e seu sorriso bondoso fizeram com que se acalmasse. Bufou.
- Traga uma Hervage bem
gelada, o que vão pedir?
- Pai – Telma fez cara
de anjo – eu e o Di vamos dar um passeio no jardim e já voltamos.
- Isso, papai, pede um
suco de laranja para ela e para mim uma Cola light.
Ao ouvir Adilson, Jorge
só não espumou porque Elza o deteve.
- Querido, deixa os
pombinhos passearem e vamos relaxar um pouco, tá?
Telma e Adilson saíram
pelos fundos caminhar nos belos jardins. O cheiro de carne se sobrepunha ao da
vegetação, o que não era muito agradável.
- Vem – puxou Adilson –
vamos até aqueles calips.
- Eucaliptos, ‘mor. Você
vai ter de melhorar o português para estudar Comunicação e Jornalismo.
- Tanto faz. Vamos.
Passaram pelo belo
bosque de eucaliptos e araucárias angustifólias e adentraram a vegetação cada
vez mais densa até uma pequena cabana de paredes de taipa e teto de sapé.
- Aqui, vem. Ninguém vai
nos ver atrás da cabana.
Trocaram beijos densos e
molhados. A mão de Adilson deslizou pela bunda em forma de coração de Telma.
- Para, alguém pode vir
aqui.
- Não vem, não. Seu pai
ficou lá bebendo cerveja com sua mãe.
Beijaram-se mais com
Adilson explorando o corpo da garota.
- Tel... Faz uma
coisa...
- Já disse que quero
ficar virgem até casar. Meu pai é muito bravo.
- Não é isso. Porque
você não ... – E cochichou no ouvido da menina-mulher.
- Ah, Di! Eu... Eu acho
que nem sentiria prazer fazendo isso. Tenho nojo.
- Mas você vai me levar
à nuvens, vai me dar muito prazer, e eu sou limpinho.
Telma sorriu maliciosa.
Porque não? Decidiu que seria divertido. Ajoelhou-se diante dele, na folhagem,
atrás da cabana. Abaixou seu ziper, mas antes, lhe disse:
- Não vá terminar na
minha boca que eu morro de nojo, tá?
Fazia o trabalho,
sentindo mais prazer em dar prazer ao seu namorado, que arfafa e estremecia, do
que a si mesma, mesmo assim estava bem molhada, mas não tirara uma peça de
roupa sequer, não tinha coragem, embora desejasse.
Então parou e tirou o
instrumento da boca.
- Não, não para, Tel,
não para, por favor!
- Escuta, Di, tem alguém
gemendo!
Adilson ficou meio
impaciente mas ouviu o gemido de mulher.
- Tem sim. Será que é
alguém transando?
- Não, seu tonto. Só
pensa bobagens! Parece que a pessoa tá gemendo de dor.
Adilson vestiu-se e
Telma levantou-se e foram mais dentro da mata. Os gemidos ficaram mais fortes,
assim como o bater do coração de ambos.
Parte II
Devagar, Adilson foi
afastando as folhagens avançando mais para os fundos do grande terreno da
churrascaria, puxando Telma pela mão. Tentou segurar a respiração acelerada e
sentia que sua namorada estava tremendo.
Os gemidos e murmúrios
de dor ficavam mais fortes a cada passo. Adilson engoliu seco. Telma segurou
forte a mão do namorado.
Ouviram, estarrecidos,
uma voz grossa dizendo:
- Essa aqui ainda tá
viva, parece que não morre. Tapa a boca dela, que eu não aguento mais ficar
ouvindo choradeira.
Antes que vissem o que
estava acontecendo, Telma deteve seu namorado e sussurou.
- Vamos embora daqui,
Di.... Vamos embora. Vamos chamar a polícia. Coisa boa não é.
- Vamos só dar uma
espiada. Nossa, que cheiro forte de carne assada.
Ignorando o puxão de
Telma e seus avisos, Adilson avançou mais no meio do mato e por fim viram, do
alto do morrinho onde estavam, o pequeno vale, nos quintais da churrascaria.
O choque daquela visão
deixou ambos paralisados e sem reação em um primeiro momento.
Vários espetos enormes
giravam sobre fogueiras em grandes churrasqueiras. Amarrados e enfiados nos
espetos, homens e mulheres nus iam assando lentamente. Alguns visivelmente
ainda estavam vivos. Mais além, uma gaiola onde alguns homens e mulheres,
também já despidos e bem amarrados, aguardavam serem assados e grelhados nas
chapas, amordaçados e desesperados ao assistirem o que lhes aguardava.
A mulher que gemia mais
alto e que chamara a atenção do casal teve a boca tapada com um guardanapo de
pano, com o símbolo da churrascaria bordado nele. Ela estrebuchava espetada no
espeto que girava lentamente sobre o fogo.
- Corta os bagos do
marido dela e joga na chapa que tostado é muito saboroso, você sabe, e serve
para o casal na mesa 4 que pediu o couvert especial... – deu uma risadinha. –
Se eles soubessem o que é o couvert especial....
- Essa mulher não morre,
vou jogar óleo quente no lombo para servirmos à pururuca, aí quem sabe ela
expira de uma vez. – E assim o fez.
Telma desmaiou. Ao cair
pesadamente sobre o mato, soltando da mão de Adilson, ela rolou e quase caiu do
barranco em direção às churrasqueiras. Seu namorado foi rápido e a segurou, mas
a terra caindo e o barulho foi suficiente para atrair a atenção dos churrasqueiros.
- Ei, vocês aí!
Adilson tentou reanimar
Telma, ele mesmo tremendo e engolindo seco, arfando, mas desta vez de puro
medo. Batia no rosto dela, que inconsciente parecia pesar uma tonelada. Pegou-a
nos braços quando viu os três homens com garfões e espetos na mão começarem a
subir na direção deles, e saiu em disparada de volta à churrascaria.
Mas naquela direção já
vinham dois homens musculosos brandando facões.
Virou-se e meteu-se no
meio do mato denso em direção à um morro, a adrenalina fazendo com que pudesse
correr e segurar Telma em seus braços.
Atravessou parasitas e
teias de aranha entre galhos espinhosos, que lhe cortavam a testa, e começou a
subir o morro com um desespero crescente.
Tropeçou em um
cupinzeiro e caiu no mato, derrubando Telma entre os arbustos. Ela recobrou a
consciência, totalmente desorientada.
- Tel, Tel, levanta,
temos que fugir, correr o máximo, porque se aqueles caras nos pegam nós vamos
acabar nas churrasqueiras!
“Caiu a ficha” de Telma
e ela entrou em pânico, chorando desesperada.
- Eles servem carne
humana na churrascaria! Meu Deus! Adilson! Meus pais...
- Eles devem estar bem,
só vi gente jovem nos espetos, eles não querem carne velha. Nós temos que
fugir, sei lá, chegar na estrada, estou ouvindo eles chegando, levanta,
Tel!!!!!!
Adilson ajudou Telma a
levantar-se e ambos emprenharam-se cada mais na mata profunda, subindo o morro,
ele mesmo passando a chorar, ela tentando não gritar de pavor e soluçando, ambos
correndo o tanto que suas pernas aguentavam.
Subiram entre a mata
fechada sem um rumo definido, apenas tentando salvar suas vidas. De certa forma
a fuga e a adrenalina serviram para acalmar ambos, que agora só se focavam na
preservação e em manter distância dos assassinos. Fugiram por muito tempo até o
topo do morro e além, mas não conseguiram achar a estrada ou nenhum outro
indício de civilização. Duas horas e meia de corrida depois e estavam
completamente perdidos. A boa notícia é que não havia sinal dos churrasqueiros.
- Di, preciso parar,
preciso de água. – Telma tombou na grama da pequena clareira, do outro lado do
morro que os separava da churrascaria.
Adison caiu de joelhos,
totalmente exausto.
- Acho que desistiram de
nos procurar. Tem água aqui perto, estou ouvindo uma caichoeira.
- Eles não vão desistir,
Di. Ai, meu Deus, se eles nos pegarem nós vamos ser espetados e colocados
naquelas churrasqueiras e vamos ser assados, e os clientes da churrascaria vão
comer a gente! – Telma começou a chorar descontroladamente novamente, em pânico.
Adilson não disse nada,
apenas puxou com violência sua namorada na direção do barulho que escutava e
acharam uma pequena cascata. Saciaram a sede na água limpa que descia das
pedras do morro. O sol estava implacável naquele fim de tarde e sentaram-se à
sombra de uma árvore. Telma agarrou-se ao namorado.
- Adilson, me salve, eu
não quero morrer! Eu ainda nem vivi, eu quero curitr a vida, e ainda não quero
morrer daquele jeito horrível! Por favor, se eles nos pegarem me mata antes,
não quero ser queimada viva e ser servida em fatias!
Eles ouviram ruídos e
berros na mata adiante.
Adilson não esperou mais
e puxou sua namorada, sem parar e sem olhar para trás, e ambos os jovens voltaram
a atravessar o mato como se este fosse de seda. Espinhos e aranhas não eram
nada diante do temor aos churrasqueiros.
Parte III:
Ouviram
automóveis.
- A estrada, Tel! Força,
se a gente chegar na estrada a gente se salva!
Apesar de não
conseguirem vê-la, ouviam os carros e caminhões cada vez mais perto na movimentada
rodovia.
Um último arbusto
vencido e subiram por um barranco de terra até o acostamento da estrada. Os
veículos passavam zuinindo e o casal fez sinais e pulou, mas ninguém sequer
diminuiu a velocidade.
- Tel, eles não vão
parar. Vamos correr até um outro posto.
- Eu vou me jogar na
frente de algum carro, Di. Ou então vou levantar o meu top e mostrar os peitos
que alguém para, ah, se para!
- Não diga bobagem.
Vamos!
E correram pelo
acostamento. Avistaram um posto da Polícia Rodoviária e contentes apertaram as
passadas.
Ofegantes explicaram aos
solícitos guardas rodoviários tudo o que viram e ouviram. É claro que não
acreditaram e um deles chegou a fazer teste do bafômetro tanto em Adilson
quanto em Telma.
O tenente Villar
finalmente concordou em pelo menos verificar a churrascaria.
- Subam na viatura. Eu
sempre almoço no El Corazon e nunca soube de nada errado, a carne que servem lá
é picanha, cupim, coração de galinha...
- Por favor, seu guarda,
- Telma estava totalmente aflita - eu vi uma mulher sendo assada na
churrasqueira, eles comem mulher lá!
Os outros guardas
explodiram em risadas. O
tenente Villar demonstrou paciência.
- Não se preocupe,
cidadã, vamos averiguar.
A viatura parou no
estacionamento lotado do El Corazon. Todos desceram. Telma estava relutante.
- Eu não quero voltar
aí.... Chamem os meus pais!
- Eu vou com eles, Tel.
Olha, seus guardas, vamos primeiro falar com os pais da minha namorada e ver se
tá tudo bem, certo?
Villar e os outros dois
policiais concordaram e os quatro entraram na churrascaria cheia de gente. Adilson
avistou Jorge e Elza. Chegou até eles, nervoso.
- Eu explico depois. Por
favor, saiam. A Telma está lá fora no carro de polícia.
Jorge ficou extremamente
irritado e colocou-se de pé, apontando o dedo em riste para Adilson.
- O que você aprontou?
Se machucou minha filha eu te mato!
- Calma, doutor – disse
Villar. E contou tudo o que Adilson e Telma lhes dissera.
- Isso é um absurdo
completo. Adilson, você deu drogas à minha filha?
Elza levantou-se e
segurou os braços do tenente Villar.
- Nós nem almoçamos
ainda. Estávamos aqui nervosos esperando esses dois que nunca voltavam. Estamos
aqui à horas, o gerente saiu à procura deles. Será verdade essa história
absurda?
- Claro que não, esses
dois aprontaram alguma! – Jorge já gritava.
Villar fez um sinal e os
outros dois policiais seguiram-no, as mãos segurando o cabo das armas no
coldre.
Chegaram ao quintal da
churrascaria. Não havia nada lá. Verificaram tudo. Um dos policiais checou a
cozinha, outro experimentou as carnes.
Voltaram e sentenciaram
aos pais de Telma e à Adilson:
- Não há nada de anormal
aqui. Nada! Rapaz, quero que você e sua namorada me acompanhem até o posto, que
quero interrogá-los. Essa brincadeira vai custar caro à vocês! Venham!
Dois dias depois e Telma
acordou de um pesadelo. Lavou o rosto, escovou os dentes e desceu tomar café da
manhã, já estavam em casa depois dos problemas e da longa viagem de volta.
- Ainda bem que você
está de férias, né, filha? – Disse Elza ao servi-lhe o leite.
- Ainda bem, mãe. Não ia
ter saco para ir à faculdade depois de tudo.
Elza saiu da cozinha.
Telma passou geléia no pão e o devorou, ficara dois dias sem comer e estava
faminta.
Seu pai entrou sorrindo.
-
Bom dia, filha, tudo bem?
- Sim, pai. O Adilson
ligou? Desde que voltamos ele não me liga.
- Ele está bem pertinho
de você, agora, filha.
- Hein?
- Gostou da geléia?
- Eu... Gostei, tem um
gosto diferente.
- Pois é. Essa geléia
foi feita do cérebro do seu namorado. Em bem que disse que ele tinha o miolo
mole.
Telma deu um pulo, cuspiu
e teve ânsias. Olhou seu pai, chocada.
- Como? Pai, não
brinca...
- Não é brincadeira.
Veja ali naquele vidro em cima da geladeira.
Telma olhou aterrorizada
o vidro enorme sobre a geladeira. A cabeça de Adilson, sem seu cérebro, olhava
para ela com os olhos arregalados.
Seu grito foi de gelar o
sangue. Ela desmaiou.
Quando acordou, estava
amordaçada. Estava amarrada em sua cama.
Seu pai entrou com um
açougueiro gordo, com o avental sujo de sangue e segurando dois enormes facões.
- Veja, Telma, este é o
dono da El Corazon. Ele ensinou eu e sua mãe a apreciarmos carne de primeira.
Seu namorado rendeu um belo churrasco.
Telma tentou soltar-se e
gritar, mas estava bem presa e amordaçada. Ela começou a tremer violentamente.
- Bem, sr. Ruffinno,
quero-a bem fatiada. Meus amigos vem para a churrascada amanhã e eu e Elza
queremos serví-la mal-passada.
- Pode deixar. Já
preparei a churrasqueira e meu churrasqueiro vai salgá-la bem, nós a assaremos
viva em sal grosso.
- Adeus, Telma. Tente
relaxar enquanto é cozinhada, senão sua carne fica muito dura.
Seu
pai saiu e fechou a porta. Ruffino desamarrou-a.
- Tire suas roupas. Não
dá para assar você de roupas. Se ficar calma morre mais rápido e não sofre
tanto.
Telma mostrou-se passiva
e fez que ia tirar a blusa. Mas virou-se, e com rapidez tomou um dos facões de
Ruffinno e meteu-lhe no estômago.
- Morre você,
filho-da-puta! – E enfiou-lhe o facão várias vezes. O açougueiro titubeou.
Então, para completa
surpresa de Telma, ele se recompôs. Tirou o facão enterrado da barriga. – Tsc,
tsc, tsc. Que feio. A comida querendo matar o cozinheiro.
Telma começou a chorar:
- O... O quê é você?
Você não pode estar vivo, não pode!
- E não estou. Nem seu
pai, nem sua mãe. A churrascaria El Corazon é o local de reunião dos zumbis
carnívoros. Nós já morremos, mas um vírus nos fez levantar dos túmulos e viver
de carne humana. Só a carne humana nos alimenta.
- Não... Não, por favor,
não... É um pesadelo...
- Sinto muito, querida,
mas não é. E não vou ficar discutindo com a comida. Agora, se for boazinha e
despir-se, tudo fica mais fácil...
FIM